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Em vigor em maio de 2018

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Política de Privacidade

Em vigor em maio de 2018

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Fibra de milho solúvel

Nome da fibra

  • fibra de milho solúvel, maltodextrina, maltodextrina resistente

Fonte

Milho

Contexto

A fibra de milho solúvel está disponível no mercado dos Estados Unidos desde 2007 e é usada em preparações alimentícias e bebidas nas Américas, Europa e Sudeste Asiático. A fibra de milho solúvel é produzida através da hidrólise enzimática do amido de milho. Possui baixa viscosidade, é solúvel na água, oferece boa estabilidade térmica, sendo igualmente muito estável às tensões de PH e de processamento. A fibra de milho solúvel ajuda a satisfazer as necessidades de um nível de açúcar inferior e de um nível de fibras superior num ingrediente que pode ser usado para criar produtos alimentares embalados com um teor de açúcar inferior, oferecendo simultaneamente uma boa fonte de fibra alimentar.

Propriedades nutricionais

Estudos com animais, in vitro e no ser humano demonstraram que a fibra de milho solúvel resiste à digestão no intestino delgado, passando para o intestino grosso onde é fermentada. A fibra de milho solúvel contém uma mistura de ligações α 1-6, α 1-4, α 1-2, e α 1-3 glicosídeas que contribui para a sua baixa digestibilidade. As alterações nos ácidos gordos de cadeia curta (AGCC) fecais reduziram o pH intestinal e aumentaram o hidrogénio expirado, indicando a sua fermentação no intestino.

É do conhecimento geral que um aumento súbito da fibra alimentar pode causar distúrbios gastrointestinais leves, mas são geralmente temporários e melhoram com a adaptação à fonte de fibra alimentar. A fibra de milho solúvel é bem tolerada em doses diversas. Os ensaios clínicos para avaliação da tolerância gastrointestinal da fibra de milho solúvel em doses de 12 a 27 g por dia revelaram que é bem tolerada num período de 10 dias a 3 semanas1 2 3 4. Num ensaio realizado em 20 voluntários saudáveis, a fibra de milho solúvel foi bem tolerada tanto no caso de uma dose única de 40 g, quanto de doses múltiplas de 65 g ao longo do dia5.

Benefícios fisiológicos

  1. Aumenta a absorção de cálcioe pode apoiar a mineralização óssea
  2. Promove a saúde digestivaatravés do seu efeito laxante
  3. Os efeitos fisiológicos adicionais demonstrados nos estudos com animais, in vitroe/ou clínicos, incluem:
    • Efeito prebiótico: favorece o desenvolvimento de bactérias benéficas e limita o crescimento de bactérias menos desejáveis.
    • Induz uma resposta glicémica baixa e apoia a glicose sanguínea pós-prandial e exerce um efeito redutor da insulina quando é usado em substituição dos açúcares.
    • Ajuda no controlo do peso a longo prazo: como substitui ingredientes mais calóricos, a fibra de milho solúvel pode ajudar a reduzir a ingestão calórica.

Provas científicas dos benefícios

  • Aumento da absorção de cálcio: num estudo cruzado controlado por placebo, duplamente cego e aleatório, ao longo de 3 semanas realizado em 24 adolescentes, a absorção de cálcio aumentou 12% face ao consumo de 12 g por dia de fibra de milho solúvel, quando comparado com um controlo associado a uma dieta de base que incluía 600 mg de cálcio por dia6. Além disso, os investigadores constataram que a alteração na absorção de cálcio estava positivamente correlacionada com aumentos significativos de bactérias intestinais, designadamente a phylum Bacteroides6. Segundo os investigadores, se os adolescentes deste estudo tivessem continuado a consumir fibra de milho solúvel, promovendo o aumento da absorção de cálcio, isso resultaria numa retenção de 41 mg de cálcio por dia adicionais e, se continuassem ao longo de um ano, contabilizariam 15 g de cálcio a mais, ou cerca de 1,8% do cálcio total do corpo. Também foram relatados resultados semelhantes num estudo cruzado controlado por placebo, duplamente cego e aleatório, ao longo de 4 semanas realizado em 26 adolescentes do sexo feminino com um estilo de vida sem restrições que consumiam entre 10 a 20 g por dia de fibra de milho solúvel na sua dieta habitual que continha ≤ 800 mg de cálcio por dia6.  Ao passo que os resultados deste estudo realizado no ser humano apenas avaliaram o metabolismo do cálcio, um estudo de 12 semanas realizado em ratos investigou o impacto da fibra de milho solúvel no índice de massa óssea, bem como o metabolismo do cálcio7. Comparativamente a um controlo de celulose, a fibra de milho solúvel o conteúdo mineral ósseo (CMO) total, a densidade mineral óssea (DMO) total, a CMO e a DMO trabecular, a CMO cortical e a região cortical e a espessura femoral distal.  A resistência óssea do fémur distal também melhorou significativamente com a ingestão de fibra de milho solúvel13.  Paralelamente, um estudo recente de Jakeman et al. avaliou os dados da resposta em função da dose da ingestão crónica de fibra de milho solúvel ao longo de um período de 50 dias a nível da rotação óssea em mulheres saudáveis pós-menopáusicas através da metodologia Ca41.  Os resultados revelam aumentos significativos da retenção de cálcio nos ossos no que se refere ao consumo de fibra de milho solúvel em proporção à dose tomada.  As concentrações séricas de fosfatase alcalina óssea aumentaram consideravelmente com uma dose de 20 g comparativamente ao controlo (p=0.03).  (Jakeman et al, não publicado)
  • Laxante: 36 adultos saudáveis que consumiram 20 g por dia de fibra de milho solúvel nos cereais de pequeno-almoço e em bolos – num estudo cruzado controlado por placebo, duplamente cego e aleatório, ao longo de 10 dias – registaram um aumento do peso fecal3. O peso fecal aumentado também foi constatado noutro estudo cruzado controlado por placebo, duplamente cego e aleatório realizado em 21 homens saudáveis com excesso de peso que ingeriram 21 g de fibra de milho solúvel por dia durante 21 dias4.
  • Efeito prebiótico: Após o consumo de 21 g de fibra de milho solúvel por dia durante 21 dias, registou-se um aumento de 1 ponto log da bifidobactéria em 21 homens saudáveis comparativamente a um controlo sem fibra4. Outro estudo realizado em 24 adolescentes constatou um aumento das bactérias benéficas – BacteroidesButyricicoccusOscillibacter Dialister – correlacionado com a absorção de cálcio face a um consumo de 12 g de fibra de milho solúvel por dia, ao longo de 3 semanas8. O aumento significativo das bactérias benéficas observado nos estudos no ser humano foi suportado por estudos in vitro que usaram fezes humanas como fonte sob condições que simulam o trato gastrointestinal do ser humano9 10.
  • Níveis favoráveis de glicose e no sangue e de resposta da insulina: 2 estudos clínicos11 12e um estudo com animais13 avaliaram os efeitos glicémicos da fibra de milho solúvel. A resposta glicémica pós-prandial à fibra de milho solúvel foi comparada com a resposta glicémica à glicose em 12 adultos saudáveis num estudo cruzado controlado aleatório9.  A fibra de milho solúvel apresentou uma resposta à insulina e ao teste incremental de glicose muito mais baixa, comparativamente ao controlo de glicose.  Outro estudo10 observou um efeito redutor significativo a nível da glicose sanguínea pós-prandial e da insulina com uma dose de 55 g de fibra de milho solúvel num estudo cruzado cego aleatório realizado em 18 adultos com excesso de peso comparativamente a um controlo calórico completo.  Por fim, numa série de formulações sobre a fibra de milho solúvel investigadas num estudo com animais constataram-se valores significativamente inferiores a nível das respostas à glicose sanguínea pós-prandial e à insulina, comparativamente a um controlo da maltodextrina11.

Em que tipos de alimentos encontramos normalmente esta fibra?

A fibra de milho solúvel é usada num amplo leque de preparações alimentícias, bebidas e condimentos, incluindo cereais, produtos cozidos, doces, produtos lácteos, alimentos congelados, sopas, molhos para salada, bebidas à base de frutas, bebidas carbonatadas, bebidas usadas como substitutos de refeições e água aromatizada.

 

Consumo Diário Recomendado

“Entre os nutrientes consumidos em quantidades insuficientes, o cálcio, o potássio, a fibra alimentar e a vitamina D são considerados uma questão preocupante a nível da saúde pública, dado que o seu consumo em níveis baixos está associado a preocupações no domínio da saúde.”Dietary Guidelines for American 2015-2020 (8a edição).

Em 2002, o Instituto de Medicina dos EUA (atualmente conhecido por National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine) recomendava um consumo diário de fibra de 38 gramas para os homens com idade até 50 anos e de 25 gramas para as mulheres com idade até 50 anos. O consumo diário recomendado para os homens e mulheres com idade superior a 50 anos é de 30 e 21 gramas, respetivamente, devido à diminuição do consumo de alimentos. Esta recomendação de consumo de fibras diário é de aproximadamente 14 g/1000 kcal. A maioria dos norte-americanos apenas consome metade do valor recomendado (13,5 e 18 g, respetivamente). O mesmo acontece com indivíduos de outros países que consomem fibras em quantidades insuficientes, tal como é possível constatar nos dados do mapa interativo de 2010 da Global Dietary Database (base de dados mundial sobre alimentação). Esta carência na nossa alimentação é denominada por deficiência de fibras. Esta deficiência de fibras não é tão significativa em determinados países, como o México. Segundo um relatório de 2012, o consumo de fibras no México é de 27 gramas por dia, nos homens, e de 22 gramas por dia, nas mulheres.

Atendendo aos hábitos de consumo atuais, reduzir a deficiência de fibras através do consumo de alimentos enriquecidos com fibras também implicaria uma ingestão calórica consideravelmente superior. Para alcançar o consumo de fibras recomendado sem recorrer a alimentos enriquecidos com fibras, a maioria das pessoas teria de aumentar a sua ingestão calórica em mais de 500 calorias por dia. Mas para satisfazer as necessidades de consumo de fibras não é forçosamente necessário adicionar calorias em caso de consumo de alimentos enriquecidos com fibras. A título de exemplo, determinados estudos demonstraram que o enriquecimento de alimentos à base de cereais com fibra (entre 2,5 e 5 g) resultou num consumo de fibras entre 24,7 a 39,1 g por dia, sem aumento calórico. (Nicklas et al, 2011; Jones, 2014)

Os alimentos enriquecidos com fibras ajudaram a reduzir a deficiência de fibras, proporcionando simultaneamente um sabor excelente e benefícios metabólicos suplementares. A dieta global deve incluir uma mistura de vários tipos de fibras.

Consumir uma variedade de fibras

Embora a maioria das fibras suscite mais do que um efeito benéfico para a saúde, um único tipo de fibra não é capaz de produzir todos os efeitos benéficos para a saúde. Certos efeitos estão claramente identificados para um elevado número de tipos de fibra diferentes, ao passo que outros são muito específicos a determinadas fibras. Para potenciar os benefícios para a saúde das fibras, é essencial consumir uma variedade de fibras.

As fibras encontram-se em vários tipos de alimentos. Na informação nutricional, na linha da fibra alimentar, pode encontrar rapidamente a quantidade de fibra por dose.

NutritionLabel (1)

Além disso, a percentagem de fibra dos alimentos, como as frutas e os legumes crus que não possuem rotulagem nutricional, estão disponíveis aqui.

Tolerância gastrointestinal

O aumento súbito do consumo de fibra alimentar – sobretudo no caso de indivíduos com uma dieta pobre em fibras – pode provocar determinados efeitos gastrointestinais, como o aumento do número de defecações semanais, a produção de fezes mais moles (sem ser diarreia) ou um aumento da flatulência. Estes efeitos naturais são efeitos reflexos do aumento de consumo, ou resultam da fermentação da fibra no trato gastrointestinal. É possível minimizar estes eventuais efeitos aumentando o consumo de fibra de forma mais gradual, para que o trato gastrointestinal possa adaptar-se. Por conseguinte, poderá ser útil reduzir o consumo de fibra enquanto estas sensações persistirem e ir aumentando gradualmente o consumo de fibras até chegar ao consumo recomendado de 14 g/1000 kcal.

 

Referências

1 Sanders L, Kendall C, Maki K, et al. A novel maize-based dietary fiber is well tolerated in humans. FASEB J. 2008; 22:lb761.

2 Stewart ML, Nikhanj SD, Timm DA, et al. Evaluation of the effects of four fibers on laxation, gastrointestinal tolerance and serum markers in health humans. Ann Nutr Metabol. 2010; 56:91-98.

3 Timm DA, Thomas W, Boileau TW, et al. Polydextrose and Soluble Corn Fiber increase five-day fecal wet weight in healthy men and women. J Nutr. 2013;143:473-478.

4 Vester Boler BM, Serao MC, Bauer LL, et al. Digestive physiological outcomes related to polydextrose and soluble maize fiber consumption by healthy adult men. Br J Nutr. 2011; 106:1864-71.

5 Housez B, Cazaubiel M, Vergara C, et al. Evaluation of digestive tolerance of a soluble corn fiber. J Hum Nutr Diet. J Hum Nutr Diet. 2012 Oct;25(5):488-96..

6 Macdonald-Clarke C, Martin B, Whisner C, et al. 2013. Soluble Corn Fiber Increases Calcium Absorption in Free Living Adolescent Girls. J Bone Miner Res 28 (Suppl 1).

7 Weaver CM, Martin BR, Story JA, et al. Novel fibers increase bone calcium content and strength beyond efficiency of large intestine fermentation. J Agri Food Chem. 2010; 58:8952-8957.

8 Whisner CM, Martin BR, Nakatsu CH, McCabe GP, McCabe LD, Peacock M, Weaver CM. Soluble maize fiber affects short-term calcium absorption in adolescent boys and girls: a randomised controlled trial using dual stable isotopic tracers. Br J Nutr. 2014; 112:446-456.

9 Maathuis A, Hoffman A, Evans A, et al. The effect of undigested fraction of maize products on the activity and composition of the microbiota determined in a dynamic in vitro model of the human proximal large intestine. J Am Coll Nutr. 2009; 28:657-66.

10 Titoria P, Gibson P, Komitopoulou E, et al. Understanding Prebiotics. Confidential Collaborative Project In House Final Report No. 120368. Leatherhead Food International. March 2007.

11 Kendall C, Esfahani A, Hoffman A, et al. Effect of novel maize-based dietary fibers on postprandial glycemia and insulinemia. J Am Coll Nutr. 2008; 27:711-8.

12 Konings E, Schoffelen PF, Stegen J, et al. Effect of polydextrose and soluble maize fiber on energy metabolism, metabolic profile and appetite control in overweight men and women. Br J Nutr. 2014 Jan 14;111(1):111-21.

13 Knapp B. Select Novel Carbohydrates Affect Glycemic and Insulinemic Response, Energy Value, and Indices of Gut Health as Measured Using Canine, Avian, Rodent, and in vitro Model Systems.  Dissertation. Submitted in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Philosophy in Animal Sciences. University of Illinois, Urbana-Champaign, 2010.


Polidextrose

Fonte

Milho

Contexto

A polidextrose é composta por muitos carboidratos de dextrose (glicose) que são ligados aleatoriamente e formam um polímero. A polidextrose é produzida a partir de componentes naturais.  A ligação α 1-6 glicosídea é predominante no polímero, embora as ligações α- e β-1,2, 1,3 e 1,4 também estejam presentes.  A polidextrose é um ingrediente alimentar multifuncional utilizado para substituir o açúcar, a gordura e as calorias e aumentar a percentagem de fibra de alimentos, atuando também como estabilizador, agente espessante e para ajudar a manter o nível de hidratação ideal dos alimentos.  A polidextrose é usada como ingrediente alimentar desde a década de 1960.

Propriedades nutricionais

Atendendo à sua distribuição de ligação complexa na sua estrutura muito ramificada, a polidextrose é resistente à digestão no trato gastrintestinal superior, sendo fermentada parcialmente no cólon. Dado que a polidextrose não é digerível no trato gastrintestinal superior, sendo apenas fermentada parcialmente no intestino, tem um valor energético reduzido de 1 caloria por grama.

Provavelmente, a polidextrose é bem tolerada no trato gastrintestinal por não se produzirem muitos gases durante a fermentação.  O Comité Misto FAO-OMS de Peritos em Aditivos Alimentares (CMPAA) e o Comité Científico da Alimentação Humana da Comissão Europeia concluíram que a polidextrose pode ser consumida até 90 g por dia, ou 50 g como porção única, sem a ocorrência de efeitos gastrointestinais indesejáveis1.

Benefícios fisiológicos

  1. Laxante.
  2. Resposta favorável da glicose no sangue: ajuda a baixar os níveis de glicose no sangue através do enriquecimento de fibras, do efeito prebiótico e dos benefícios a nível da saciedade.
  3. Ajuda no controlo do peso a longo prazo: como substitui ingredientes mais calóricos, a polidextrose pode ajudar a reduzir a ingestão calórica.

Provas científicas dos benefícios

Laxante: o consumo de polidextrose aumenta o volume/peso fecal2 3 4 5 6 7, a consistência fecal8 2 6, a facilidade de defecação4, a frequência fecal2 4 e diminui a duração do trânsito intestinal9 em adultos saudáveis. Os efeitos a nível do volume fecal demonstraram ser eficazes face a uma dose de 8 a 30 g por dia3. A dose eficaz mais baixa foi de 8 g por dia, com melhorias a nível do volume fecal4 e da consistência fecal8, ao passo que a facilidade de defecação e a frequência fecal registaram uma melhoria com uma dose reduzida de apenas 4 g por dia4.

Resposta favorável da glicose no sangue: comparativamente à glicose, cujo índice glicémico é 100, a polidextrose apresenta um índice glicémico de 710.  Segundo um Painel da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), estabeleceu-se uma relação de causa e efeito entre o consumo de alimentos e bebidas que contêm polidextrose e a redução das respostas à glicose sanguínea pós-prandial, comparativamente aos alimentos e bebidas que contêm açúcar11.  A redução das respostas à glicose sanguínea pós-prandial e à insulina também foi observada em indivíduos com diabetes do tipo 212.

Efeito prebiótico: Existe a opinião generalizada de que um prebiótico deve aumentar seletivamente o desenvolvimento de bactérias benéficas nos intestinos, como bactérias do ácido láctico e/ou bifidobactérias. O consumo de polidextrose está associado ao aumento da atividade prebiótica.

Saciedade: Atendendo ao seu número reduzido de calorias, apenas 1 kcal/g, a polidextrose pode servir de suporte a estratégias de controlo do peso, na qualidade de substituta de componentes mais calóricos (como gorduras ou açúcares) em fórmulas, o que favorece o desenvolvimento de alimentos menos calóricos. Embora seja necessário efetuar mais estudos, os resultados sugerem que a polidextrose também pode aumentar a sensação de saciedade e reduzir a ingestão calórica numa refeição subsequente.

Em que tipos de alimentos encontramos normalmente esta fibra?

A polidextrose é uma fonte de fibra alimentar que pode ser adicionada a uma ampla variedade de alimentos, como cereais de pequeno-almoço sem açúcar e sem adição de açúcar, aperitivos, produtos de pastelaria, bebidas, produtos lácteos e molhos.  Também se encontra nos tradicionais produtos de pastelaria, bebidas, produtos lácteos e molhos.

 

Consumo Diário Recomendado

“Entre os nutrientes consumidos em quantidades insuficientes, o cálcio, o potássio, a fibra alimentar e a vitamina D são considerados uma questão preocupante a nível da saúde pública, dado que o seu consumo em níveis baixos está associado a preocupações no domínio da saúde.”Dietary Guidelines for American 2015-2020 (8a edição).

Em 2002, o Instituto de Medicina dos EUA (atualmente conhecido por National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine) recomendava um consumo diário de fibra de 38 gramas para os homens com idade até 50 anos e de 25 gramas para as mulheres com idade até 50 anos. O consumo diário recomendado para os homens e mulheres com idade superior a 50 anos é de 30 e 21 gramas, respetivamente, devido à diminuição do consumo de alimentos. Esta recomendação de consumo de fibras diário é de aproximadamente 14 g/1000 kcal. A maioria dos norte-americanos apenas consome metade do valor recomendado (13,5 e 18 g, respetivamente). O mesmo acontece com indivíduos de outros países que consomem fibras em quantidades insuficientes, tal como é possível constatar nos dados do mapa interativo de 2010 da Global Dietary Database (base de dados mundial sobre alimentação). Esta carência na nossa alimentação é denominada por deficiência de fibras. Esta deficiência de fibras não é tão significativa em determinados países, como o México. Segundo um relatório de 2012, o consumo de fibras no México é de 27 gramas por dia, nos homens, e de 22 gramas por dia, nas mulheres.

Atendendo aos hábitos de consumo atuais, reduzir a deficiência de fibras através do consumo de alimentos enriquecidos com fibras também implicaria uma ingestão calórica consideravelmente superior. Para alcançar o consumo de fibras recomendado sem recorrer a alimentos enriquecidos com fibras, a maioria das pessoas teria de aumentar a sua ingestão calórica em mais de 500 calorias por dia. Mas para satisfazer as necessidades de consumo de fibras não é forçosamente necessário adicionar calorias em caso de consumo de alimentos enriquecidos com fibras. A título de exemplo, determinados estudos demonstraram que o enriquecimento de alimentos à base de cereais com fibra (entre 2,5 e 5 g) resultou num consumo de fibras entre 24,7 a 39,1 g por dia, sem aumento calórico. (Nicklas et al, 2011; Jones, 2014)

Os alimentos enriquecidos com fibras ajudaram a reduzir a deficiência de fibras, proporcionando simultaneamente um sabor excelente e benefícios metabólicos suplementares. A dieta global deve incluir uma mistura de vários tipos de fibras.

Consumir uma variedade de fibras

Embora a maioria das fibras suscite mais do que um efeito benéfico para a saúde, um único tipo de fibra não é capaz de produzir todos os efeitos benéficos para a saúde. Certos efeitos estão claramente identificados para um elevado número de tipos de fibra diferentes, ao passo que outros são muito específicos a determinadas fibras. Para potenciar os benefícios para a saúde das fibras, é essencial consumir uma variedade de fibras.

As fibras encontram-se em vários tipos de alimentos. Na informação nutricional, na linha da fibra alimentar, pode encontrar rapidamente a quantidade de fibra por dose.

NutritionLabel (1)

Além disso, a percentagem de fibra dos alimentos, como as frutas e os legumes crus que não possuem rotulagem nutricional, estão disponíveis aqui.

Tolerância gastrointestinal

O aumento súbito do consumo de fibra alimentar – sobretudo no caso de indivíduos com uma dieta pobre em fibras – pode provocar determinados efeitos gastrointestinais, como o aumento do número de defecações semanais, a produção de fezes mais moles (sem ser diarreia) ou um aumento da flatulência. Estes efeitos naturais são efeitos reflexos do aumento de consumo, ou resultam da fermentação da fibra no trato gastrointestinal. É possível minimizar estes eventuais efeitos aumentando o consumo de fibra de forma mais gradual, para que o trato gastrointestinal possa adaptar-se. Por conseguinte, poderá ser útil reduzir o consumo de fibra enquanto estas sensações persistirem e ir aumentando gradualmente o consumo de fibras até chegar ao consumo recomendado de 14 g/1000 kcal.

 

Referências

1 Flood MT, Auerbach MH, Craig SA. A review of the clinical toleration studies of polydextrose in food. Food Chem Toxicol. 2004;42:1531-42.

2 Timm D, Thomas W, Sanders L, et al. Polydextrose and soluble corn fiber significantly increase stool weight, but do not influence whole gut transit time in healthy adults. FASEB J. 2011; 25: 587.583.

3 Vester Boler BM, Serao MC, Bauer LL, et al. Digestive physiological outcomes related to polydextrose and soluble maize fibre consumption by healthy adult men. Br J Nutr. 2011;106:1864-71.

4 Jie Z, Bang-Yao L, Ming-Jie X, et al. Studies on the effects of polydextrose intake on physiologic functions in Chinese people. Am J Clin Nutr. 2000;72:1503-9.

5 Endo K, Kumemura M, Nakamura K, et al. Effect of high cholesterol diet and polydextrose supplementation on the microflora, bacterial enzyme activity, putrefactive products, volatile fatty acid (VFA) profile, weight and pH of the faeces in healthy volunteers. Bifidobacteria Microflora. 1991;10:53-64.

6 Saku K, Yoshinaga K, Okura Y, et al. Effects of polydextrose on serum lipids, lipoproteins, and apolipoproteins in healthy subjects. Clin Therapeutics. 1991;13/2:254-258.

7 Tomlin J, Read NW. A comparative study of the effects on colon function caused by feeding ispaghula husk and polydextrose. Aliment Pharmacol Ther. 1988;2:513-9.

8 Costabile A, Fava F, Röytiö H et al. Impact of polydextrose on the faecal microbiota: a double-blind, crossover, placebo-controlled feeding study in healthy human subjects. Br J Nutr. 2012;108:471-81.

9 Hengst C, Ptok S, Roessler A, et al. Effects of polydextrose supplementation on different faecal parameters in healthy volunteers. Int J Food Sci Nutr. 2009;60 Suppl 5:96-105.

10 Foster-Powell K, Holt SH, Brand-Miller JC. International table of glycemic index and glycemic load values: 2002. Am J Clin Nutr. 2002;76:5-56.

11 EFSA Panel on Dietetic Products, Nutrition and Allergies (NDA); Scientific Opinion on the substantiation of health claims related to the sugar replacers xylitol, sorbitol, mannitol, maltitol, lactitol, isomalt, erythritol, D-tagatose, isomaltulose, sucralose and polydextrose and maintenance of tooth mineralisation by decreasing tooth demineralisation (ID 463, 464, 563, 618, 647, 1182, 1591, 2907, 2921, 4300), and reduction of post-prandial glycaemic responses (ID 617, 619, 669, 1590, 1762, 2903, 2908, 2920) pursuant to Article 13(1) of Regulation (EC) No 1924/2006. EFSA J. 2011;9:2076. www.efsa.europa.eu/efsajournal

12 Wilson T, Luebke JL, Morcomb EF, et al. Glycemic responses to sweetened dried and raw cranberries in humans with type 2 diabetes. J Food Sci. 2010;75:H218-H223.


Fibra solúvel de beta-glucano de aveia

Nome(s) da fibra

  • Nomes e outras designações: beta-glucano de aveia, fibra de farelo de aveia, fibra solúvel de beta-glucano de aveia, fibra de aveia, fibra solúvel de aveia
  • Entre as designações químicas e sinónimos existentes do beta-glucano de aveia, contam-se os seguintes:
    • β-D-glucano
    • (1-3),(1-4)- β-D-glucano

Fonte

Aveia

Contexto

Há mais de 2000 anos que os povos cultivam e consomem aveia,  sendo que atualmente são comercializados inúmeros produtos alimentares que contêm aveia nos EUA e no mundo.  Desde finais da década de 1980 que a fibra solúvel de beta-glucano de aveia é identificada como um componente alimentar benéfico.  Originalmente era consumido habitualmente na aveia integral, em flocos e farelo, mas, atualmente, o beta-glucano de aveia também está disponível como ingrediente, sendo adicionado a uma série de produtos alimentares.  Em 1997, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou uma alegação de saúde relativamente à utilidade da fibra solúvel de beta-glucano de aveia para reduzir o risco de doenças cardiovasculares.  Outros países aprovaram alegações semelhantes, incluindo o Canadá, a Austrália e o Brasil.  A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) também emitiu pareceres favoráveis sobre duas alegações de saúde, relativamente à utilidade do beta-glucano de aveia na redução dos níveis de colesterol e da resposta da glicose pós-prandial.

Propriedades nutricionais

Ao consumir aveia ou beta-glucano de aveia, o beta-glucano diminui a absorção de colesterol no trato gastrointestinal. O beta-glucano também diminui a reabsorção dos ácidos biliares (que o corpo produz a partir do colesterol) para que o seu corpo tenha de usar mais colesterol circulante para produzir novos ácidos biliares. Uma absorção menor de colesterol no intestino, associada a uma utilização maior de colesterol para a produção de ácidos biliares, resulta na redução dos níveis do colesterol que circula no sangue.

O beta-glucano, que não é digerível pelo ser humano, atua como um substrato precioso da fermentação pelas bactérias no cólon. O beta-glucano é uma fibra solúvel que é normalmente bem tolerada.

Benefícios fisiológicos

  1. Redução dos níveis de colesterol no sangue: doses diárias mínimas de 3 gramas podem reduzir consideravelmente os níveis de colesterol LDL no plasma, quando consumidas no âmbito de um regime alimentar saudável.
  2. Reduz a glicose sanguínea pós-prandial e a resposta à insulina
  3. Ajuda no controlo do peso a longo prazo: como substitui ingredientes mais calóricos, o beta-glucano pode ajudar a reduzir a ingestão calórica e também a aumentar a sensação de saciedade

Provas científicas dos benefícios

  • Redução dos níveis de colesterol no sangue: o beta-glucano reduz o colesterol no sangue e ajuda a manter níveis saudáveis de colesterol dentro do intervalo normal. Globalmente, os dados sugerem que, no âmbito de um regime alimentar saudável, uma dose de 3 g de beta-glucano de aveia por dia pode baixar 3 a 5% o colesterol LDL.  O que pode reduzir 3 a 10% o risco de doença cardiovascular, sendo que as reduções mais importantes se constatam nos casos de níveis de colesterol iniciais mais elevados.  As alegações de saúde relativamente à saúde cardiovascular/redução do colesterol têm por base um consumo diário de 3 g de beta-glucano, tendo sido comprovado que essa dose reduz significativamente os níveis de colesterol total e LDL.  Na maioria dos países nos quais foi aprovada uma alegação, a dose diária pode ser repartida por 3 a 4 porções de alimentos.  A alegação de saúde aprovada pela FDA exige um mínimo de 0,75 g por porção de alimento de referência, para um consumo diário de 3 gramas.
  • Níveis favoráveis de glicose sanguínea pós-prandial e a resposta à insulina:
    • ensaios clínicos demonstraram que o beta-glucano de aveia e cevada reduz as respostas da glicose pós-prandial, sem aumentar desmesuradamente as respostas à insulina pós-prandiais. Estima-se que doses de 4 g por 30 a 80 g de carboidratos disponíveis podem reduzir consideravelmente a resposta da glicose pós-prandial.
    • Segundo os especialistas, os beta-glucanos são capazes de melhorar a glicose sanguínea e a resposta à insulina pelo facto de reduzirem a interação entre as enzimas alimentares e digestivas no estômago, atrasando o esvaziamento gástrico e diminuindo a absorção da glicose.
  • Benefícios a nível do controlo do peso: embora seja necessário efetuar mais estudos, certas investigações sugerem que o consumo de fibra solúvel de beta-glucano também pode promover a sensação de saciedade e/ou reduzir a ingestão calórica numa refeição subsequente.

Em que tipos de alimentos encontramos normalmente esta fibra?

Na aveia integral, farinha de aveia integral, flocos de aveia, farinha de aveia e farelo de aveia

A fibra solúvel de beta-glucano de aveia também é adicionada em bebidas (batidos, iogurtes líquidos, sumos), iogurtes, barras nutricionais, cereais, massa, produtos cozidos no forno, sopas, molhos, temperos e suplementos alimentares.

 

Consumo Diário Recomendado

“Entre os nutrientes consumidos em quantidades insuficientes, o cálcio, o potássio, a fibra alimentar e a vitamina D são considerados uma questão preocupante a nível da saúde pública, dado que o seu consumo em níveis baixos está associado a preocupações no domínio da saúde.”Dietary Guidelines for American 2015-2020 (8a edição).

Em 2002, o Instituto de Medicina dos EUA (atualmente conhecido por National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine) recomendava um consumo diário de fibra de 38 gramas para os homens com idade até 50 anos e de 25 gramas para as mulheres com idade até 50 anos. O consumo diário recomendado para os homens e mulheres com idade superior a 50 anos é de 30 e 21 gramas, respetivamente, devido à diminuição do consumo de alimentos. Esta recomendação de consumo de fibras diário é de aproximadamente 14 g/1000 kcal. A maioria dos norte-americanos apenas consome metade do valor recomendado (13,5 e 18 g, respetivamente). O mesmo acontece com indivíduos de outros países que consomem fibras em quantidades insuficientes, tal como é possível constatar nos dados do mapa interativo de 2010 da Global Dietary Database (base de dados mundial sobre alimentação). Esta carência na nossa alimentação é denominada por deficiência de fibras. Esta deficiência de fibras não é tão significativa em determinados países, como o México. Segundo um relatório de 2012, o consumo de fibras no México é de 27 gramas por dia, nos homens, e de 22 gramas por dia, nas mulheres.

Atendendo aos hábitos de consumo atuais, reduzir a deficiência de fibras através do consumo de alimentos enriquecidos com fibras também implicaria uma ingestão calórica consideravelmente superior. Para alcançar o consumo de fibras recomendado sem recorrer a alimentos enriquecidos com fibras, a maioria das pessoas teria de aumentar a sua ingestão calórica em mais de 500 calorias por dia. Mas para satisfazer as necessidades de consumo de fibras não é forçosamente necessário adicionar calorias em caso de consumo de alimentos enriquecidos com fibras. A título de exemplo, determinados estudos demonstraram que o enriquecimento de alimentos à base de cereais com fibra (entre 2,5 e 5 g) resultou num consumo de fibras entre 24,7 a 39,1 g por dia, sem aumento calórico. (Nicklas et al, 2011; Jones, 2014)

Os alimentos enriquecidos com fibras ajudaram a reduzir a deficiência de fibras, proporcionando simultaneamente um sabor excelente e benefícios metabólicos suplementares. A dieta global deve incluir uma mistura de vários tipos de fibras.

Consumir uma variedade de fibras

Embora a maioria das fibras suscite mais do que um efeito benéfico para a saúde, um único tipo de fibra não é capaz de produzir todos os efeitos benéficos para a saúde. Certos efeitos estão claramente identificados para um elevado número de tipos de fibra diferentes, ao passo que outros são muito específicos a determinadas fibras. Para potenciar os benefícios para a saúde das fibras, é essencial consumir uma variedade de fibras.

As fibras encontram-se em vários tipos de alimentos. Na informação nutricional, na linha da fibra alimentar, pode encontrar rapidamente a quantidade de fibra por dose.

NutritionLabel (1)

Além disso, a percentagem de fibra dos alimentos, como as frutas e os legumes crus que não possuem rotulagem nutricional, estão disponíveis aqui.

Tolerância gastrointestinal

O aumento súbito do consumo de fibra alimentar – sobretudo no caso de indivíduos com uma dieta pobre em fibras – pode provocar determinados efeitos gastrointestinais, como o aumento do número de defecações semanais, a produção de fezes mais moles (sem ser diarreia) ou um aumento da flatulência. Estes efeitos naturais são efeitos reflexos do aumento de consumo, ou resultam da fermentação da fibra no trato gastrointestinal. É possível minimizar estes eventuais efeitos aumentando o consumo de fibra de forma mais gradual, para que o trato gastrointestinal possa adaptar-se. Por conseguinte, poderá ser útil reduzir o consumo de fibra enquanto estas sensações persistirem e ir aumentando gradualmente o consumo de fibras até chegar ao consumo recomendado de 14 g/1000 kcal.


Fibra extraída da raiz da chicória, inulina, oligofrutose e frutooligossacarídeos (FOS)

Fonte

A chicória (Cichorium intibus L.) é uma planta bianual da família das asteráceas, também conhecida por almeirão, margarida-azul, dente-de-leão azul, barba-de-capuchinho, chicória-brava e chicória-do-café. A raiz armazena a energia de carboidratos conhecida como inulina.1

Contexto

A inulina está presente em inúmeros frutos e legumes. É consumida pelo homem desde a Antiguidade e estima-se que, há mais de 10.000 anos, os habitantes do Deserto de Chihuahua dos Estados Unidos já consumiam cerca de 135 g de inulina por dia.2 A inulina é um carboidrato complexo que constitui a fonte de energia armazenada da chicória. A raiz de chicória seca contém cerca de 17% de inulina.

Para isolar a inulina, as raízes são colhidas, lavadas e cortadas em frações, para que a inulina se dissolva em água quente, sendo recolhida e submetida a secagem.1 A inulina da chicória é um frutano linear ß (2->1) que consiste em cadeias de unidades de frutose (até 60 ou mais unidades) que podem ter uma unidade de glicose no início (GFn; G:Glicose, F: frutose, n: número de unidades de frutose). As cadeias menores de inulina são conhecidas por oligofrutose e frutooligossacarídeos (FOS). A fibra extraída da raiz da chicória não é digerível dado que as ligações entre as moléculas não são hidrolisadas pelas enzimas digestivas humanas.3  Extensas investigações ao longo de 20 anos, incluindo mais de 150 estudos de intervenção no ser humano, comprovam as propriedades nutricionais e benéficas para a saúde desta fibra extraída da raiz da chicória.

Propriedades nutricionais

Na qualidade de fibra alimentar, a fibra extraída da raiz da chicória não é absorvível nem digerível até chegar ao intestino grosso. A microflora do intestino grosso, designadamente a bifidobactéria e o lactobacilo usam a fibra extraída da raiz da chicória como nutriente. Os produtos derivados desta fermentação prebiótica sacarolítica são ácidos gordos de cadeia curta e outros metabolitos.

Benefícios fisiológicos

  1. Reforço da flora intestinal: modulação da flora intestinal, estimulando o crescimento de bifidobactériaslactobacilos (prebióticos comprovados).
  2. Saúde digestiva: melhoria da saúde digestiva, estimulando um trânsito intestinal mais frequente (aumento da frequência semanal e da consistência das fezes).
  3. Ajuda no controlo do peso: ajuda-nos a comer menos naturalmente, ajudando a controlar o peso por influenciar a sensação de fome/saciedade, hormonas intestinais, ingestão calórica de longo prazo, perda de peso e composição de gordura corporal.
  4. Contribui para a saúde óssea: aumenta a absorção de cálcio e a densidade mineral óssea.
  5. Ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue: melhoria dos perfis de glicose e de insulina no sangue.
  6. Ajuda a controlar os níveis de lípidos no sangue: melhoria dos parâmetros de lípidos no sangue, incluindo a reduzir o colesterol LDL e o colesterol total e a melhorar o colesterol HDL.

Benefícios

Modulação da flora intestinal – Prebiótico comprovado: Está comprovado que a fibra extraída da raiz da chicória é um prebiótico capaz de influenciar o desenvolvimento da flora intestinal, aumentando as bifidobactérias e lactobacilos no trato gastrointestinal. O efeito prebiótico foi observado com uma ingestão mínima de 5 g por dia e observado ao longo da vida, desde bebés a pessoas idosas, em 45 estudos de intervenção no ser humano.4,5

As investigações sobre os efeitos da fibra extraída da raiz da chicória na flora intestinal começaram em meados da década de 1990. Determinou-se que a fibra extraída da raiz da chicória (inulina, oligofrutose e FOS) era o nutriente preferido de determinados grupos da flora intestinal. Por conseguinte, a inulina é considerada um prebiótico dado tratar-se de uma fibra “fermentada seletivamente que resulta em alterações específicas na composição e/ou atividade da flora gastrointestinal, oferecendo por isso benefício(s) para a saúde”4. Também foram relatados efeitos benéficos adicionais.5

Saúde e regularidade digestiva:a fibra extraída da raiz da chicória promove a saúde digestiva graças aos seus efeitos a nível da regularidade face a um consumo de 8 a 12 gramas em vários momentos de ingestão ao longo do dia. Com base numa análise dos dados científicos mais recentes da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), a Comissão Europeia (CE) aprovou uma alegação de saúde relativamente à melhoria da regularidade resultante de um aumento da frequência do trânsito intestinal.7 A consistência das fezes também é influenciada de forma positiva, podendo assim evitar-se as fezes mais duras e a defecação dolorosa.8

Ajuda no controlo do peso a longo prazo:  a fibra extraída da raiz da chicória ajuda-nos a comer menos, tal como determinado em 19 estudos no ser humano que avaliaram a saciedade e a ingestão calórica e em 16 estudos sobre a gestão do peso corporal.9,10

A inulina da raiz da chicória pode ser usada tanto como fibra adicionada, quanto como substituto hipocalórico do açúcar ou da gordura em vários alimentos.  O índice calórico da fibra extraída da raiz da chicória é de 1 a 1,5 kcal/g, valor inferior a outros carboidratos que oferecem 4 kcal/g ou gorduras de 9 kcal/g.

Saúde óssea: a fibra extraída da raiz da chicória aumenta a absorção de cálcio aumentando a acidez no intestino grosso e a superfície para a absorção de cálcio no intestino grosso. Também se confirmou que o cálcio atinge os ossos e promove a saúde óssea. Foram publicados 10 estudos de intervenção no ser humano com a fibra extraída da raiz da chicória, incluindo um estudo importante do Departamento de Agricultura (USDA)/Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos em 100 adolescentes consumidores de 8 g de inulina enriquecida com oligofrutose por dia.1

Controlo dos níveis de glicose no sangue:  em 2014, na sequência da avaliação de dados, a EFSA revelou uma opinião favorável quanto ao facto de que a substituição de 20% dos açúcares por fibra extraída da raiz da chicória ajuda a reduzir os níveis de glicose e insulina no sangue.12,13

A homeostase da glicose, o peso corporal e a sensibilidade à insulina também melhoraram em indivíduos pré-diabéticos após 6 semanas de ingestão de 30 g por dia, independentemente do estilo de vida e quando comparados com o controlo (celulose).14,15

Melhoria do estado metabólico dos lípidos no sangue: redução do colesterol LDL e do colesterol total, tendo ainda sido demonstrada uma redução dos níveis de triglicéridos nas meta-análises de ensaios clínicos aleatórios em indivíduos hiperlipémicos ou com excesso de peso e indivíduos obesos consumidores de inulina.16 Os prebióticos, incluindo a inulina, a oligofrutose ou os frutooligossacarídeos reduzem os níveis de triglicéridos e melhoram o colesterol HDL em indivíduos diabéticos.17

Em que tipos de alimentos encontramos normalmente a fibra extraída da raiz da chicória, a inulina, a oligofrutose e os FOS?

A fibra extraída da raiz da chicória é uma fibra solúvel que, além dos benefícios para a saúde já referidos, possui propriedades texturizantes e sensoriais que permitem enriquecer o teor de fibras, bem como a substituição do açúcar ou da gordura numa grande variedade de aplicações de produtos incluindo, por exemplo, produtos de pastelaria, cereais, produtos lácteos e alternativos, confeitaria, bebidas, pastas de barrar, sopas e molhos, temperos, gelados, produtos à base de carne e produtos hortícolas, aperitivos, granola e barras nutricionais, além de alimentação infantil e para fins específicos.18

 

Consumo Diário Recomendado

“Entre os nutrientes consumidos em quantidades insuficientes, o cálcio, o potássio, a fibra alimentar e a vitamina D são considerados uma questão preocupante a nível da saúde pública, dado que o seu consumo em níveis baixos está associado a preocupações no domínio da saúde.”Dietary Guidelines for American 2015-2020 (8a edição).

Em 2002, o Instituto de Medicina dos EUA (atualmente conhecido por National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine) recomendava um consumo diário de fibra de 38 gramas para os homens com idade até 50 anos e de 25 gramas para as mulheres com idade até 50 anos. O consumo diário recomendado para os homens e mulheres com idade superior a 50 anos é de 30 e 21 gramas, respetivamente, devido à diminuição do consumo de alimentos. Esta recomendação de consumo de fibras diário é de aproximadamente 14 g/1000 kcal. A maioria dos norte-americanos apenas consome metade do valor recomendado (13,5 e 18 g, respetivamente). O mesmo acontece com indivíduos de outros países que consomem fibras em quantidades insuficientes, tal como é possível constatar nos dados do mapa interativo de 2010 da Global Dietary Database (base de dados mundial sobre alimentação). Esta carência na nossa alimentação é denominada por deficiência de fibras. Esta deficiência de fibras não é tão significativa em determinados países, como o México. Segundo um relatório de 2012, o consumo de fibras no México é de 27 gramas por dia, nos homens, e de 22 gramas por dia, nas mulheres.

Atendendo aos hábitos de consumo atuais, reduzir a deficiência de fibras através do consumo de alimentos enriquecidos com fibras também implicaria uma ingestão calórica consideravelmente superior. Para alcançar o consumo de fibras recomendado sem recorrer a alimentos enriquecidos com fibras, a maioria das pessoas teria de aumentar a sua ingestão calórica em mais de 500 calorias por dia. Mas para satisfazer as necessidades de consumo de fibras não é forçosamente necessário adicionar calorias em caso de consumo de alimentos enriquecidos com fibras. A título de exemplo, determinados estudos demonstraram que o enriquecimento de alimentos à base de cereais com fibra (entre 2,5 e 5 g) resultou num consumo de fibras entre 24,7 a 39,1 g por dia, sem aumento calórico. (Nicklas et al, 2011; Jones, 2014)

Os alimentos enriquecidos com fibras ajudaram a reduzir a deficiência de fibras, proporcionando simultaneamente um sabor excelente e benefícios metabólicos suplementares. A dieta global deve incluir uma mistura de vários tipos de fibras.

Consumir uma variedade de fibras

Embora a maioria das fibras suscite mais do que um efeito benéfico para a saúde, um único tipo de fibra não é capaz de produzir todos os efeitos benéficos para a saúde. Certos efeitos estão claramente identificados para um elevado número de tipos de fibra diferentes, ao passo que outros são muito específicos a determinadas fibras. Para potenciar os benefícios para a saúde das fibras, é essencial consumir uma variedade de fibras.

As fibras encontram-se em vários tipos de alimentos. Na informação nutricional, na linha da fibra alimentar, pode encontrar rapidamente a quantidade de fibra por dose.

NutritionLabel (1)

Além disso, a percentagem de fibra dos alimentos, como as frutas e os legumes crus que não possuem rotulagem nutricional, estão disponíveis aqui.

Tolerância gastrointestinal

O aumento súbito do consumo de fibra alimentar – sobretudo no caso de indivíduos com uma dieta pobre em fibras – pode provocar determinados efeitos gastrointestinais, como o aumento do número de defecações semanais, a produção de fezes mais moles (sem ser diarreia) ou um aumento da flatulência. Estes efeitos naturais são efeitos reflexos do aumento de consumo, ou resultam da fermentação da fibra no trato gastrointestinal. É possível minimizar estes eventuais efeitos aumentando o consumo de fibra de forma mais gradual, para que o trato gastrointestinal possa adaptar-se. Por conseguinte, poderá ser útil reduzir o consumo de fibra enquanto estas sensações persistirem e ir aumentando gradualmente o consumo de fibras até chegar ao consumo recomendado de 14 g/1000 kcal.

 

Referências

1    Moser, M., Agemans, A., Caers, W. (2014) Production and Bioactivity of Oligosaccharides from Chicory Roots. In: Dr.F.Javier Moreno, Dr.Maria Luz Sanz (Eds.), Food Oligosaccharides: Production, Analysis and Bioactivity, Wiley-Blackwell, pp. 55–75.

2    Leach, J.D. (2007) Prebiotics in ancient diets. Food Science & Technology Bulletin 4 (1), 1–8.

3    Moser, M., Sentko, A., Alexiou, H. (2015) Inulin and Health Benefits. In: Ramawat, K. G., Merillon, J. M. (Eds.), Polysaccharides: Bioactivity and biotechnology, pp. 675–715.

4    Gibson, G.R., Scott, K.P., Rastall, R., Tuohy, K.M., Hotchkiss, A., Dubert-Ferrandon, A., Gareau, M., Murphy, E.F., Saulnier, D., Loh, G., Macfarlane, S., Delzenne, N., Ringel, Y., Kozinawski, G., Dickmann, R., Lennoi-Wijnkoop, I., Walker, C., Buddington, R. (2010) Dietary prebiotics:current status and new definition. Food Science & Technology Bulletin 7, 1–19.

5    Roberfroid, M., Gibson, G.R., Hoyles, L., McCartney, A.L., Rastall, R., Rowland, I., Wolvers, D., Watzl, B., Szajewska, H., Stahl, B., Guarner, F., Respondek, F., Whelan, K., Coxam, V., Davicco, M.-J., Léotoing, L., Wittrant, Y., Delzenne, N.M., Cani, P.D., Neyrinck, A.M., Meheust, A. (2010) Prebiotic effects: metabolic and health benefits. Br J Nutr 104, S1-S63.

6    Gibson, G.R., Roberfroid, M. (1995) Dietary modulation of the human colonic microbiota: Introducing the concept of prebiotics. J Nutr, 1401–1412.

7    EU (2015) Commission Regulation (EU) 2015/2314 of 7 December 2015 authorising a health claim made on foods, other than those referring to the reduction of disease risk an to children’s development and health and amending Regulation (EU) No 432/2012. Official Journal of the European Union 12.12.2015.

8    Collado Yurrita, L., San Mauro Martin, I., Ciudad-Cabanas, M.J., Calle-Puron, M.E., Hernandez Cabria, M. (2014) Effectiveness of inulin intake on indicators of chronic constipation; a meta-analysis of controlled randomized clinical trials. Nutr Hosp 30 (2), 244–252.

9    Parnell, J.A., Reimer, R.A. (2009) Weight loss during oligofructose supplementation is associated with decreased ghrelin and increased peptide YY in overweight and obese adults. Am J Clin Nutr 89, 1751–1759.

10  McCann, M.T., Livingstone, M.B., Wallace, J.M.W., Gallagher, A.M., Welch, R.W. (2011) Oligofructose-enriched inulin supplementation decreases energy intake in overweight and obese men and women. Obesity reviews 12, 63–279.

11  Abrams, S.A., Griffin, I.J., Hawthorne, K.M. (2007) Young adolescents who respond to an inulin-type fructan substantially increase total absorbed calcium and daily calcium accretion to the skeleton. J Nutr 137, 2524S–2526.

12  Kellow, N.J., Coughlan, M.T., Reid, C.M. (2014) Metabolic benefits of dietary prebiotics in human subjects: a systematic review of randomised controlled trials. Br J Nutr 111, 1147–1161.

13  EFSA (2014) Scientific Opinion on the substantiation of health claims related to non-digestible carbohydrates and a reduction of post-prandial glycaemic responses pursuant to Article 13 (5) of Regulation (EC) No. 1924/2006. EFSA Journal 8 (10):1801, 1–3.

14  Guess, N.D., Dornhorst, A., Oliver, N., Frost, G.S. (2016) A Randomised Crossover Trial: The Effect of Inulin on Glucose Homeostasis in Subtypes of Prediabetes. Ann Nutr Metab 68, 26–34.

15  Guess, N.D., Dornhorst, A., Oliver, N., Bell, J.D., Thomas, E.L., Frost, G.S. (2015) A randomized controlled trial: the effect of inulin on weight management and ectopic fat in subjects with prediabetes. Nutrition & metabolism 12, 36.

16  Guo, Z., Liu, X.M., Zhang, Q.X., Tian, F.W., Zhang, H., Zhang, H.P., Chen, W. (2012) Effects of inulin on the plasma lipid profile of normolipidemic and hyperlipidemic subjects: a meta-analysis of randomized controlled trials. Clinical Lipidology 7, 215–222.

17  Beserra, B.T.S., Fernandes, R., do Rosario, Vinicius A, Mocellin, M.C., Kuntz, M.G.F., Trindade, E. (2015) A systematic review and meta-analysis of the prebiotics and synbiotics effects on glycaemia, insulin concentrations and lipid parameters in adult patients with overweight or obesity. Clinical nutrition (Edinburgh, Scotland) 34, 845–858.

18  Moser, M., Wouters, R. (2014) Nutritional and Technological Benefits of Inulin-Type Oligosaccharides. In: Dr.F.Javier Moreno, Dr.Maria Luz Sanz (Eds.), Food Oligosaccharides: Production, Analysis and Bioactivity, Wiley-Blackwell, pp. 457–469.


Fibra de milho solúvel

De onde vem

A fibra de milho solúvel é uma fibra alimentar extraída do milho.

Como é feita

A fibra de milho solúvel é obtida através da transformação dos componentes de glicose digeríveis do amido de milho em componentes não digeríveis.  Está disponível nos Estados Unidos desde 1999.

O que faz

A fibra de milho solúvel é constituída por fibra até 90% e é usada para enriquecer o teor de fibras de diversos alimentos. Dado poder substituir frequentemente a função do açúcar, é muito utilizada na redução de açúcar e calorias. É solúvel, ou seja, dissolve-se na água, e oferece estabilidade térmica, pelo que pode ser usada em bebidas quentes, para cozer no forno ou cozinhar.

Em que pode beneficiar – Dados existentes

  1. Aumenta a absorção de cálcio e apoia a mineralização óssea
  2. Tem uma resposta glicémica baixa e pode ser usada em alimentos que se destinam a induzir uma resposta mais baixa à glicose e à insulina após as refeições.
  3. A fibra de milho solúvel ajuda a promover a saúde digestiva através do seu efeito laxante

Como é processada pelo corpo?

A fibra de milho solúvel é uma fibra alimentar prebiótica.  Passa pelo estômago e pelo intestino delgado sem ser digerida, sendo depois fermentada lentamente pela microflora no intestino grosso.

Em que tipos de alimentos encontramos normalmente esta fibra?

A fibra de milho solúvel é usada num amplo leque de preparações alimentícias, bebidas e condimentos, incluindo cereais, produtos cozidos, doces, compotas e geleias, molhos, produtos lácteos, alimentos congelados, sopas, molhos para salada, bebidas à base de frutas, bebidas carbonatadas, bebidas usadas como substitutos de refeições e água aromatizada.

 

Consumo Diário Recomendado

“Entre os nutrientes consumidos em quantidades insuficientes, o cálcio, o potássio, a fibra alimentar e a vitamina D são considerados uma questão preocupante a nível da saúde pública, dado que o seu consumo em níveis baixos está associado a preocupações no domínio da saúde.”Dietary Guidelines for American 2015-2020 (8a edição).

Em 2002, o Instituto de Medicina dos EUA (atualmente conhecido por National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine) recomendava um consumo diário de fibra de 38 gramas para os homens com idade até 50 anos e de 25 gramas para as mulheres com idade até 50 anos. O consumo diário recomendado para os homens e mulheres com idade superior a 50 anos é de 30 e 21 gramas, respetivamente, devido à diminuição do consumo de alimentos. Esta recomendação de consumo de fibras diário é de aproximadamente 14 g/1000 kcal. A maioria dos norte-americanos apenas consome metade do valor recomendado (13,5 e 18 g, respetivamente). O mesmo acontece com indivíduos de outros países que consomem fibras em quantidades insuficientes, tal como é possível constatar nos dados do mapa interativo de 2010 da Global Dietary Database (base de dados mundial sobre alimentação). Esta carência na nossa alimentação é denominada por deficiência de fibras. Esta deficiência de fibras não é tão significativa em determinados países, como o México. Segundo um relatório de 2012, o consumo de fibras no México é de 27 gramas por dia, nos homens, e de 22 gramas por dia, nas mulheres.

Atendendo aos hábitos de consumo atuais, reduzir a deficiência de fibras através do consumo de alimentos enriquecidos com fibras também implicaria uma ingestão calórica consideravelmente superior. Para alcançar o consumo de fibras recomendado sem recorrer a alimentos enriquecidos com fibras, a maioria das pessoas teria de aumentar a sua ingestão calórica em mais de 500 calorias por dia. Mas para satisfazer as necessidades de consumo de fibras não é forçosamente necessário adicionar calorias em caso de consumo de alimentos enriquecidos com fibras. A título de exemplo, determinados estudos demonstraram que o enriquecimento de alimentos à base de cereais com fibra (entre 2,5 e 5 g) resultou num consumo de fibras entre 24,7 a 39,1 g por dia, sem aumento calórico. (Nicklas et al, 2011; Jones, 2014)

Os alimentos enriquecidos com fibras ajudaram a reduzir a deficiência de fibras, proporcionando simultaneamente um sabor excelente e benefícios metabólicos suplementares. A dieta global deve incluir uma mistura de vários tipos de fibras.

Consumir uma variedade de fibras

Embora a maioria das fibras suscite mais do que um efeito benéfico para a saúde, um único tipo de fibra não é capaz de produzir todos os efeitos benéficos para a saúde. Certos efeitos estão claramente identificados para um elevado número de tipos de fibra diferentes, ao passo que outros são muito específicos a determinadas fibras. Para potenciar os benefícios para a saúde das fibras, é essencial consumir uma variedade de fibras.

As fibras encontram-se em vários tipos de alimentos. Na informação nutricional, na linha da fibra alimentar, pode encontrar rapidamente a quantidade de fibra por dose.

NutritionLabel (1)

Além disso, a percentagem de fibra dos alimentos, como as frutas e os legumes crus que não possuem rotulagem nutricional, estão disponíveis aqui.

Tolerância gastrointestinal

O aumento súbito do consumo de fibra alimentar – sobretudo no caso de indivíduos com uma dieta pobre em fibras – pode provocar determinados efeitos gastrointestinais, como o aumento do número de defecações semanais, a produção de fezes mais moles (sem ser diarreia) ou um aumento da flatulência. Estes efeitos naturais são efeitos reflexos do aumento de consumo, ou resultam da fermentação da fibra no trato gastrointestinal. É possível minimizar estes eventuais efeitos aumentando o consumo de fibra de forma mais gradual, para que o trato gastrointestinal possa adaptar-se. Por conseguinte, poderá ser útil reduzir o consumo de fibra enquanto estas sensações persistirem e ir aumentando gradualmente o consumo de fibras até chegar ao consumo recomendado de 14 g/1000 kcal.


Psílio

De onde vem

A fibra de psílio provém da membrana externa, ou “casca”, das sementes dessa planta. A casca de psílio é uma fonte naturalmente presente de fibra solúvel.

O que faz

A fibra de psílio é uma fonte de fibra solúvel e apresenta inúmeros benefícios para a saúde. A fibra de psílio forma um gel viscoso que atua como uma esponja para absorver determinadas toxinas, açúcares e carboidratos no intestino.

Em que pode beneficiar – Dados existentes

  1. Pode ser usada para promover um sistema digestivo saudável
  2. Ajuda a reduzir a sensação de fome entre refeições
  3. Ajuda a manter níveis saudáveis de glicose no sangue como parte do seu regime alimentar
  4. Ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, baixando os níveis de colesterol no sangue.

Como é processada pelo corpo?

A fibra de psílio não é digerível, mas torna-se mais espessa e forma uma camada de gel no seu estômago. Este gel retém alguns açúcares e carboidratos e desloca-se para o intestino onde os açúcares retidos são libertados lentamente e absorvidos pelo corpo.

Em que tipos de alimentos encontramos normalmente esta fibra?

O psílio encontra-se normalmente em cereais, suplementos alimentares e também é adicionado a determinados alimentos, incluindo produtos cozidos no forno, como pães, barras de cereais e bolos de arroz/sementes. Procure os ingredientes psílio, semente de psílio ou casca de psílio na lista de ingredientes.

 

Consumo Diário Recomendado

“Entre os nutrientes consumidos em quantidades insuficientes, o cálcio, o potássio, a fibra alimentar e a vitamina D são considerados uma questão preocupante a nível da saúde pública, dado que o seu consumo em níveis baixos está associado a preocupações no domínio da saúde.”Dietary Guidelines for American 2015-2020 (8a edição).

Em 2002, o Instituto de Medicina dos EUA (atualmente conhecido por National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine) recomendava um consumo diário de fibra de 38 gramas para os homens com idade até 50 anos e de 25 gramas para as mulheres com idade até 50 anos. O consumo diário recomendado para os homens e mulheres com idade superior a 50 anos é de 30 e 21 gramas, respetivamente, devido à diminuição do consumo de alimentos. Esta recomendação de consumo de fibras diário é de aproximadamente 14 g/1000 kcal. A maioria dos norte-americanos apenas consome metade do valor recomendado (13,5 e 18 g, respetivamente). O mesmo acontece com indivíduos de outros países que consomem fibras em quantidades insuficientes, tal como é possível constatar nos dados do mapa interativo de 2010 da Global Dietary Database (base de dados mundial sobre alimentação). Esta carência na nossa alimentação é denominada por deficiência de fibras. Esta deficiência de fibras não é tão significativa em determinados países, como o México. Segundo um relatório de 2012, o consumo de fibras no México é de 27 gramas por dia, nos homens, e de 22 gramas por dia, nas mulheres.

Atendendo aos hábitos de consumo atuais, reduzir a deficiência de fibras através do consumo de alimentos enriquecidos com fibras também implicaria uma ingestão calórica consideravelmente superior. Para alcançar o consumo de fibras recomendado sem recorrer a alimentos enriquecidos com fibras, a maioria das pessoas teria de aumentar a sua ingestão calórica em mais de 500 calorias por dia. Mas para satisfazer as necessidades de consumo de fibras não é forçosamente necessário adicionar calorias em caso de consumo de alimentos enriquecidos com fibras. A título de exemplo, determinados estudos demonstraram que o enriquecimento de alimentos à base de cereais com fibra (entre 2,5 e 5 g) resultou num consumo de fibras entre 24,7 a 39,1 g por dia, sem aumento calórico. (Nicklas et al, 2011; Jones, 2014)

Os alimentos enriquecidos com fibras ajudaram a reduzir a deficiência de fibras, proporcionando simultaneamente um sabor excelente e benefícios metabólicos suplementares. A dieta global deve incluir uma mistura de vários tipos de fibras.

Consumir uma variedade de fibras

Embora a maioria das fibras suscite mais do que um efeito benéfico para a saúde, um único tipo de fibra não é capaz de produzir todos os efeitos benéficos para a saúde. Certos efeitos estão claramente identificados para um elevado número de tipos de fibra diferentes, ao passo que outros são muito específicos a determinadas fibras. Para potenciar os benefícios para a saúde das fibras, é essencial consumir uma variedade de fibras.

As fibras encontram-se em vários tipos de alimentos. Na informação nutricional, na linha da fibra alimentar, pode encontrar rapidamente a quantidade de fibra por dose.

NutritionLabel (1)

Além disso, a percentagem de fibra dos alimentos, como as frutas e os legumes crus que não possuem rotulagem nutricional, estão disponíveis aqui.

Tolerância gastrointestinal

O aumento súbito do consumo de fibra alimentar – sobretudo no caso de indivíduos com uma dieta pobre em fibras – pode provocar determinados efeitos gastrointestinais, como o aumento do número de defecações semanais, a produção de fezes mais moles (sem ser diarreia) ou um aumento da flatulência. Estes efeitos naturais são efeitos reflexos do aumento de consumo, ou resultam da fermentação da fibra no trato gastrointestinal. É possível minimizar estes eventuais efeitos aumentando o consumo de fibra de forma mais gradual, para que o trato gastrointestinal possa adaptar-se. Por conseguinte, poderá ser útil reduzir o consumo de fibra enquanto estas sensações persistirem e ir aumentando gradualmente o consumo de fibras até chegar ao consumo recomendado de 14 g/1000 kcal.


Polidextrose

De onde vem

A polidextrose é uma fibra solúvel (dissolve-se nos líquidos) que é um polímero de muitas unidades de glicose ligadas aleatoriamente.

Como é feita

A polidextrose está disponível como ingrediente alimentar desde a década de 1960.  O calor é utilizado para ligar muitas unidades de dextrose (glicose) de forma aleatória para fazer a polidextrose.

O que faz

A polidextrose é um ingrediente alimentar multifuncional utilizado para substituir o açúcar, gordura e calorias e aumentar a percentagem de fibra de alimentos. Também atua como estabilizador (ajudando a preservar a estrutura dos alimentos), como agente espessante em molhos e sopas e para ajudar a manter o nível de hidratação ideal de alimentos.

Em que pode beneficiar – Dados existentes

  1. Promove a saúde digestiva e normaliza os movimentos intestinais em adultos saudáveis.
  2. Quando é usada como substituto do açúcar nos alimentos, ajuda a manter níveis saudáveis de glicose no sangue após as refeições.
  3. A polidextrose é uma fibra alimentar prebiótica. Os prebióticos fomentam o desenvolvimento de bactérias benéficas que exercem efeitos positivos nas bactérias intestinais.

Em que pode beneficiar – Novos dados

Pode induzir uma sensação de saciedade e/ou reduzir a quantidade de alimentos que consome na refeição seguinte.

Como é processada pelo corpo?

A polidextrose é considerada um carboidrato de valor calórico reduzido tendo um valor energético de 1 caloria por grama. Motivo pelo qual a polidextrose não é digerível no trato gastrointestinal superior, que consiste no esófago, estômago e na primeira parte do intestino delgado e, ao invés, passa para o intestino grosso onde é convertida parcialmente em gás. A polidextrose pode ser consumida até 90 g por dia, ou 50 g como porção única, sem a ocorrência de gases, cólicas abdominais ou diarreia.

Em que tipos de alimentos encontramos normalmente esta fibra?

A polidextrose encontra-se em bebidas, produtos de pastelaria, cereais de pequeno-almoço sem açúcar e sem adição de açúcar, sobremesas congeladas, pudins, gelatinas, produtos lácteos e molhos para salada.

 

Consumo Diário Recomendado

“Entre os nutrientes consumidos em quantidades insuficientes, o cálcio, o potássio, a fibra alimentar e a vitamina D são considerados uma questão preocupante a nível da saúde pública, dado que o seu consumo em níveis baixos está associado a preocupações no domínio da saúde.”Dietary Guidelines for American 2015-2020 (8a edição).

Em 2002, o Instituto de Medicina dos EUA (atualmente conhecido por National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine) recomendava um consumo diário de fibra de 38 gramas para os homens com idade até 50 anos e de 25 gramas para as mulheres com idade até 50 anos. O consumo diário recomendado para os homens e mulheres com idade superior a 50 anos é de 30 e 21 gramas, respetivamente, devido à diminuição do consumo de alimentos. Esta recomendação de consumo de fibras diário é de aproximadamente 14 g/1000 kcal. A maioria dos norte-americanos apenas consome metade do valor recomendado (13,5 e 18 g, respetivamente). O mesmo acontece com indivíduos de outros países que consomem fibras em quantidades insuficientes, tal como é possível constatar nos dados do mapa interativo de 2010 da Global Dietary Database (base de dados mundial sobre alimentação). Esta carência na nossa alimentação é denominada por deficiência de fibras. Esta deficiência de fibras não é tão significativa em determinados países, como o México. Segundo um relatório de 2012, o consumo de fibras no México é de 27 gramas por dia, nos homens, e de 22 gramas por dia, nas mulheres.

Atendendo aos hábitos de consumo atuais, reduzir a deficiência de fibras através do consumo de alimentos enriquecidos com fibras também implicaria uma ingestão calórica consideravelmente superior. Para alcançar o consumo de fibras recomendado sem recorrer a alimentos enriquecidos com fibras, a maioria das pessoas teria de aumentar a sua ingestão calórica em mais de 500 calorias por dia. Mas para satisfazer as necessidades de consumo de fibras não é forçosamente necessário adicionar calorias em caso de consumo de alimentos enriquecidos com fibras. A título de exemplo, determinados estudos demonstraram que o enriquecimento de alimentos à base de cereais com fibra (entre 2,5 e 5 g) resultou num consumo de fibras entre 24,7 a 39,1 g por dia, sem aumento calórico. (Nicklas et al, 2011; Jones, 2014)

Os alimentos enriquecidos com fibras ajudaram a reduzir a deficiência de fibras, proporcionando simultaneamente um sabor excelente e benefícios metabólicos suplementares. A dieta global deve incluir uma mistura de vários tipos de fibras.

Consumir uma variedade de fibras

Embora a maioria das fibras suscite mais do que um efeito benéfico para a saúde, um único tipo de fibra não é capaz de produzir todos os efeitos benéficos para a saúde. Certos efeitos estão claramente identificados para um elevado número de tipos de fibra diferentes, ao passo que outros são muito específicos a determinadas fibras. Para potenciar os benefícios para a saúde das fibras, é essencial consumir uma variedade de fibras.

As fibras encontram-se em vários tipos de alimentos. Na informação nutricional, na linha da fibra alimentar, pode encontrar rapidamente a quantidade de fibra por dose.

NutritionLabel (1)

Além disso, a percentagem de fibra dos alimentos, como as frutas e os legumes crus que não possuem rotulagem nutricional, estão disponíveis aqui.

Tolerância gastrointestinal

O aumento súbito do consumo de fibra alimentar – sobretudo no caso de indivíduos com uma dieta pobre em fibras – pode provocar determinados efeitos gastrointestinais, como o aumento do número de defecações semanais, a produção de fezes mais moles (sem ser diarreia) ou um aumento da flatulência. Estes efeitos naturais são efeitos reflexos do aumento de consumo, ou resultam da fermentação da fibra no trato gastrointestinal. É possível minimizar estes eventuais efeitos aumentando o consumo de fibra de forma mais gradual, para que o trato gastrointestinal possa adaptar-se. Por conseguinte, poderá ser útil reduzir o consumo de fibra enquanto estas sensações persistirem e ir aumentando gradualmente o consumo de fibras até chegar ao consumo recomendado de 14 g/1000 kcal.

 


Fibra solúvel de beta-glucano de aveia

De onde vem

O beta-glucano de aveia é uma fibra alimentar solúvel (dissolve-se nos líquidos) constituinte da aveia. O beta-glucano encontra-se naturalmente em diversos alimentos, incluindo na aveia e cevada. Há mais de 2000 anos que os povos cultivam e consomem aveia, sendo que existem inúmeros produtos alimentares que contêm aveia disponíveis nos EUA e no mundo.  Desde finais da década de 1980 que a fibra solúvel de beta-glucano de aveia é identificada como um componente alimentar benéfico. Originalmente era consumido habitualmente na aveia integral, em flocos e farelo, mas atualmente o beta-glucano de aveia também está disponível como ingrediente adicional de uma série de produtos alimentares.

Como é feita

O beta-glucano é um dos principais componentes da fibra solúvel em água dos grãos de cereais, incluindo a aveia e a cevada. O beta-glucano de aveia – que se encontra principalmente no farelo – é extraído e purificado posteriormente, para remover outras partes da planta da aveia.

O que faz

Em 1997, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou uma alegação de saúde relativamente à utilidade da fibra solúvel de beta-glucano de aveia para reduzir o risco de doenças cardiovasculares.  A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) também emitiu pareceres favoráveis quanto a duas alegações de saúde, relativamente à utilidade do beta-glucano de aveia na redução dos níveis de colesterol e das respostas glicémicas após as refeições.

Em que pode beneficiar – Dados existentes

  1. Reduz os níveis de glicose e insulina no sangue após as refeições. Estima-se que doses de 4 g de beta-glucano de aveia por 30 a 80 g de carboidratos disponíveis devem reduzir consideravelmente a resposta da glicose pós-prandial.
  2. Reduz o colesterol total e a lipoproteína de baixa densidade (LDL), ou seja, o mau colesterol, para ajudar a manter níveis saudáveis de colesterol no sangue. Globalmente, os dados sugerem que uma dose de 3 g de beta-glucano de aveia por dia pode baixar 3 a 5% o colesterol LDL, e 2 a 4% o colesterol total.

Em que pode beneficiar – Novos dados

Pode induzir uma sensação de saciedade e/ou reduzir aquilo que consome na refeição seguinte.

Consumo diário recomendado

A FDA e a Comissão Europeia (CE) aprovaram alegações de saúde com base num consumo diário de 3 g de beta-glucano de aveia, tendo sido comprovado que essa dose reduz significativamente os níveis de colesterol total e LDL.  Na maioria dos países nos quais foi aprovada uma alegação, a dose diária pode ser repartida por 3 a 4 porções de alimentos.  A alegação de saúde aprovada pela FDA exige um mínimo de 0,75 g por porção de alimento de referência, para um consumo diário de 3 gramas.

Em que tipos de alimentos encontramos normalmente esta fibra?

O beta-glucano de aveia encontra-se na aveia integral, na farinha de aveia integral, nos flocos de aveia e na farinha de aveia. A fibra solúvel de beta-glucano de aveia também é adicionada em bebidas (batidos, iogurtes líquidos, sumos), iogurtes, barras nutricionais, cereais, massa, produtos cozidos no forno, sopas, molhos, temperos e suplementos alimentares.

 

Consumo Diário Recomendado

“Entre os nutrientes consumidos em quantidades insuficientes, o cálcio, o potássio, a fibra alimentar e a vitamina D são considerados uma questão preocupante a nível da saúde pública, dado que o seu consumo em níveis baixos está associado a preocupações no domínio da saúde.”Dietary Guidelines for American 2015-2020 (8a edição).

Em 2002, o Instituto de Medicina dos EUA (atualmente conhecido por National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine) recomendava um consumo diário de fibra de 38 gramas para os homens com idade até 50 anos e de 25 gramas para as mulheres com idade até 50 anos. O consumo diário recomendado para os homens e mulheres com idade superior a 50 anos é de 30 e 21 gramas, respetivamente, devido à diminuição do consumo de alimentos. Esta recomendação de consumo de fibras diário é de aproximadamente 14 g/1000 kcal. A maioria dos norte-americanos apenas consome metade do valor recomendado (13,5 e 18 g, respetivamente). O mesmo acontece com indivíduos de outros países que consomem fibras em quantidades insuficientes, tal como é possível constatar nos dados do mapa interativo de 2010 da Global Dietary Database (base de dados mundial sobre alimentação). Esta carência na nossa alimentação é denominada por deficiência de fibras. Esta deficiência de fibras não é tão significativa em determinados países, como o México. Segundo um relatório de 2012, o consumo de fibras no México é de 27 gramas por dia, nos homens, e de 22 gramas por dia, nas mulheres.

Atendendo aos hábitos de consumo atuais, reduzir a deficiência de fibras através do consumo de alimentos enriquecidos com fibras também implicaria uma ingestão calórica consideravelmente superior. Para alcançar o consumo de fibras recomendado sem recorrer a alimentos enriquecidos com fibras, a maioria das pessoas teria de aumentar a sua ingestão calórica em mais de 500 calorias por dia. Mas para satisfazer as necessidades de consumo de fibras não é forçosamente necessário adicionar calorias em caso de consumo de alimentos enriquecidos com fibras. A título de exemplo, determinados estudos demonstraram que o enriquecimento de alimentos à base de cereais com fibra (entre 2,5 e 5 g) resultou num consumo de fibras entre 24,7 a 39,1 g por dia, sem aumento calórico. (Nicklas et al, 2011; Jones, 2014)

Os alimentos enriquecidos com fibras ajudaram a reduzir a deficiência de fibras, proporcionando simultaneamente um sabor excelente e benefícios metabólicos suplementares. A dieta global deve incluir uma mistura de vários tipos de fibras.

Consumir uma variedade de fibras

Embora a maioria das fibras suscite mais do que um efeito benéfico para a saúde, um único tipo de fibra não é capaz de produzir todos os efeitos benéficos para a saúde. Certos efeitos estão claramente identificados para um elevado número de tipos de fibra diferentes, ao passo que outros são muito específicos a determinadas fibras. Para potenciar os benefícios para a saúde das fibras, é essencial consumir uma variedade de fibras.

As fibras encontram-se em vários tipos de alimentos. Na informação nutricional, na linha da fibra alimentar, pode encontrar rapidamente a quantidade de fibra por dose.

NutritionLabel (1)

Além disso, a percentagem de fibra dos alimentos, como as frutas e os legumes crus que não possuem rotulagem nutricional, estão disponíveis aqui.

Tolerância gastrointestinal

O aumento súbito do consumo de fibra alimentar – sobretudo no caso de indivíduos com uma dieta pobre em fibras – pode provocar determinados efeitos gastrointestinais, como o aumento do número de defecações semanais, a produção de fezes mais moles (sem ser diarreia) ou um aumento da flatulência. Estes efeitos naturais são efeitos reflexos do aumento de consumo, ou resultam da fermentação da fibra no trato gastrointestinal. É possível minimizar estes eventuais efeitos aumentando o consumo de fibra de forma mais gradual, para que o trato gastrointestinal possa adaptar-se. Por conseguinte, poderá ser útil reduzir o consumo de fibra enquanto estas sensações persistirem e ir aumentando gradualmente o consumo de fibras até chegar ao consumo recomendado de 14 g/1000 kcal.